terça-feira, outubro 31, 2006

Ainda há coisas mais importantes do que outras

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segunda-feira, outubro 30, 2006

O dia em que a Blogsfera acaba

Já alguém terá ido para a cama com alguém por causa de um blogue? Sou várias vezes por semana assolado por esta dúvida. O dia em que for para a cama com alguém e a razão directa poder ser traçada a este blogue - «ah, é claro que só fui para a cama contigo por causa do teu blogue» - é o dia em que acaba este blogue. E aí sim, acabaria a Blogosfera como a conhecemos e como a não queremos conhecer. O número de blogues começaria a diminuir e todo o universo blogosferiano entraria em recessão até colapsar sobre si mesmo. Nada restaria excepto alguns pontos de exclamação de outrora blogues de gente nervosa.

Ontem de manhã acordei no chão do meu quarto, entre a cama e o armário, com a cabeça devidamente amparada por uma almofada. Senti-me mais incomodado pelo insólito da situação do que pela posição em si, não estando de todo desconfortável, ainda que algo limitado pelo espaço ladeante. A cama estava aberta e, suponho, tinha sido o local onde me deitei no início da manhã. Como fui parar ao chão (a almofada contraria a hipótese de queda) é um mistério para o qual não encontro solução. E hoje é segunda-feira, portanto peço a vossa compreensão.

Photobucket - Video and Image Hosting

quarta-feira, outubro 25, 2006

Achtung Badly Drawn Boy

Espero que o Boss lhe perdoe a ousadia de ter lançado um disco chamado Born in the U.K., mas o mais recente do Badly Drawn Boy não parece mau de todo. Se me conseguir abstrair do look 'posso ser famoso mas parece que fui para a cama com menos gente do que tu', somado ao pretensiosimo do título, pode ser que me decida a comprar o disco hoje na FNAC.

A tocar, Walk You Home Tonight.



terça-feira, outubro 24, 2006

O Sexo e a Doutrina

Minha cara Leididi, eu acho muito bem que estejamos a viver uma altura (e estamos) em que existe mais naturalidade (mentes perversas preferirão a expressão 'maior abertura' neste contexto) em relação a essa natural questão que é o sexo. Sendo o sexo um assunto natural, o mesmo não quer dizer que seja banal. Todo este hype e conversa sexoeacidadiana da emancipação e reivindicação feminina sexuais aliada a propaganda diversa em tom ordinário e doutrinário, é realmente enjoativo. (Os homens, por outro lado, parecem andar mais atentos e, em consequência menos básicos, embora se registe um aumento notório de neuroses masculinas em relação a tudo isto.)

No entanto, há algumas mulheres a escrever muito bem e ordinariamente sobre estes assuntos. O importante é conseguir conjugar uma prosa elegante e descomplexada com o tom ordinário, um talento ao alcance de poucas. A parte doutrinária é que se torna de todo dispensável. De repente toda a gente parece obcecada em partilhar manuais da tântrica massagem, do bom fellatio ou do original cunnilingus. Não me parece de todo o caminho indicado a seguir nestes assuntos e só aumenta o número de pessoas a andar por aí com os bolsos atafulhados de cábulas. E todos sabemos quão perigoso é um ser humano que anda por aí com os bolsos atafulhados de cábulas.

Também dispenso as pessoas que acham que têm de esfregar a sua sexualidade na cara dos outros (uma imagem que pode ser feliz, admito), sem terem sido convidadas para o fazer. Uma coisa é falar naturalmente de sexo, outra é ter necessidade de o gritar aos ouvidos de toda a gente. Quite rude, I'd say.

sábado, outubro 21, 2006

Ilustres portugueses disponíveis


António Guterres - disponível para o diálogo


Durão Barroso - disponível para a Europa


Duarte Pio - disponível para ser rei


Bárbara Guimarães - disponível para ler muitos livros


Ana Malhoa - disponível para... er... links?

sexta-feira, outubro 20, 2006

Portugueses - um povo disponível

Outro simpático e-mail que veio parar a uma das minhas seis caixas de correio electrónico trazia uma ainda mais simpática apresentação em Microsoft Powerpoint, sobre as maravilhas do Portugal empreendedoramente empresarial e dinâmico.

Daqueles que falam das empresas portuguesas que são líderes no mercado internacional de calças com vinco ou que são pioneiras no cultivo de bolotas que não se constipam. No género daquele texto do Nicolau Santos que anda por aí a circular - «eu conheço um país em que ninguém se decide se este artigo foi escrito para a revista Exportar ou para o Expresso».

A apresentação powerpoint é bastante interessante. De Portugal conseguem realmente sair coisas admiráveis; o que, pensando bem, não é a melhor das perspectivas para abordar todo este assunto. Talvez as coisas mudem no dia em que não precisaremos de powerpoints para nos convencermos que Portugal é um país admirável. Ou que de um país como Portugal até podem sair coisas admiráveis. Sobretudo powerpoints escritos em inglês, onde se pode ver no penúltimo slide:




Não percebo bem o significado da última frase. Consigo perceber que a pessoa que escreveu isto não domina o inglês, essa parte é fácil, agora a ideia de que os portugueses se disponibilizam?/acessibilizam?/oferecem? (entendam que não domino o português nem o inglês) acima de tudo, acho extremamente interessante.

É importante que o mundo perceba que estamos disponíveis, importantíssimo, já que vários cidadãos de outros países não estão disponíveis. Os afegãos não está disponíveis, os peruanos não estão disponíveis, e os americanos, desconfio, também não devem estar disponíveis. Mas nós estamos. E assim que o mundo inteiro ficar a saber que estamos disponíveis, tudo mudará.

Mais do que sociável, afável, imaginativo, emotivo e aberto ao mundo; e ainda mais do que apaixonado pela novidade, por novas ideias e orgulhoso do seu património (sem ser arrogante, atenção, que a arrogância é uma coisa horrível); a ideia chave é que o português está disponível. He makes himself available. Basicamente, a ideia-chave é que o português é uma slut. Pode ser que funcione.

quinta-feira, outubro 19, 2006

'818 gateway'

Tenho recebido e-mails muito interessantes.

Terça-feira recebi uma mensagem muito simpática a informar-me que estava a viver um Cosmic Trigger Event. Como sabem, isto significa um dia em que um grande feixe ultravioleta ressoa em consonância com o nosso chacra do coração.

Ou, como explica o Ben:

> >High there my hoping friends,
> >
> >I'm sure we're all in the river here together,
> headed straight for the
> >source, and you are my friends. Let's keep it
> positive.


Não sei de que rio fala o Ben, mas estou seguro de não estar em nenhum rio com o Ben e os amigos dele. Ah, é uma metáfora? Continuo desconfiado.

> >Hoping for the best for us all.
> >
> >Lots of love,
> >
> >Ben
> >
> >
> >
> > >A Cosmic Trigger Event will occur on the 17th of
> October 2006. This is
> > >the beginning, one of many trigger events to come
> between now and 2013.
> > >An ultraviolet (UV) pulse beam radiating from
> higher dimensions in
> > >universe-2 will cross paths with the Earth on
> this day. Earth will
> > >remain approximately within this UV beam for 17
> hours of your time.

Não tenho bem a certeza do que serão as dimensões mais elevadas do universo-2. Também confesso a minha ignorância em relação à existência de um lugar chamado universo-2. Desconfio que seja o mundo onde vivem o Ben e os seus amigos, e é provavelmente muito parecido com o Adamastor.

> > >This beam resonates with the heart chakra, it is
> radiant fluorescent in
> > >nature, blue/magenta in color.


Isto explica o facto de eu ter andado com azia o dia todo.

> >The effect is every thought and emotion will be
> amplified intensely
> >one
> > >million-fold. Yes, we will repeat, all will be
> amplified one millions
> > >time and more.

Era, de facto, uma azia muito intensa.

> > >Every thought, every emotion, every intent, every
> will, no matter if it
> > >is good, bad, ill, positive, negative, will be
> amplified one million
> > >times in strength.
> > >
> > >What does this mean ?


Significa, basicamente, que nesse dia haveria mais homícidios e orgias do que é normal. Eu não fui nem morto, nem convidado para nenhuma orgia. Se calhar foi porque estava com azia.

> > >We call this UV beam trigger event, "818" gateway.

«818 gateway» parece nome de placa redireccional de servidor (não sei bem se existirão placas redireccionais de servidores, mas a existir devem ter nomes como «818 gateway» ou «wireboard 515»)

> >Please use whatever
> communication mediums you
> > >have at your disposal. Reach out to as many
> people as possible. We
> > >require 1-million plus people at the least to
> trigger a shift for
> > >humanity from separation
> > >and fragmentation to one of unification and
> oneness.


Passou o dia do Cosmic Trigger Event e não senti nenhuma mudança na Humanidade que nos levasse da fragmentação e separação até à unificação e unidade. É uma pena, mas só posso concluir que faltaram pessoas para atingir o tal «1-million plus people». Devem ter ficado a tomar banho no rio.

terça-feira, outubro 17, 2006

They are not funny, they are MAGIC


Magic Socks (www.explodingdog.com)

domingo, outubro 15, 2006

Achtung Killers

Enquanto não chega nada de novo dos Bloc Party ou dos Editors ou até, por que não, dos We Are Scientists e dos Arcade Fire; sem falar do Jens Lekman e do desgosto da saber que os U2 vão lançar um Be$t Of, sai o segundo álbum dos The Killers - Sam's Town. Achava que os The Killers eram britânicos, esta semana descobri que eram americanos que soam como britânicos, o que não traz nada de mal ao mundo da música.

Sobre o novo álbum, que me custou 15€ na Virgin das Grans Boulevards, tenho alguma dificuldade em formar uma opinião. O álbum continua a soar aos mesmos Killers, mas as influências estão menos diluidas, aparecem empacotadas em fragmentos de riffs e codas que parecem saídos directamente das pautas dos artistas (britânicos) que influenciam estes rapazes (americanos). De qualquer maneira, não achei que isto me incomodasse, porque hoje em dia há coisas que me incomodam bastante, e não iria deixar que esta fosse uma delas.

Sam's Town não é melhor nem pior que o antecessor Hot Fuss e, embora não encontre nada à altura do electrizante Mr. Brightside ou do irritante Somebody Told Me, é um disco que se ouve bem de uma assentada (sem necessidade premente de saltar faixas).

Dito isto também é verdade que tive alguma dificuldade em escolher uma música para pôr aqui a tocar. Pensei no Exitlude, a faixa final de «cair o pano»: We hope you've enjoyed your stay / Outside the sun is shining / seems like heaven ain't far away / It's good to have you with us / even if it's just for the day; mas o fim (fraquinho) não condiz com o bom arranque da música. Outra opção seria a primeira canção, a que dá o nome ao disco: Sam's Town. Como canção de «I'm gonna make it out there» não é má, mas não chega aos calcanhares de nada que o Bruce Springsteen já tenha escrito, nem mesmo com o verso Now, 'why do you waste my time?' / Is the answer to the question on your mind. E também gosto do coro.

No meio de outros temas similarmente e simultaneamente entusiasmantes e aborrecidos, mas francamente consistentes em termos de qualidade, optei por este For Reasons Unknown. 'Straight in your face dance rock', malhas de guitarra em linha recta, voz e letra a acompanham o ritmo como deve ser. Não está nada mal para rapazes (americanos) influenciados por artistas (britânicos).


I pack my case. I check my face. I look a little bit older. I look a little bit colder. With one deep breath, and one big step, I move a little bit closer. I move a little bit closer.
For reasons unknown.

I caught my stride. I flew and flied. I know if destiny’s kind, I’ve got the rest on my mind. But my heart, it don’t beat, it don’t beat the way it used to. And my eyes, they don’t see you no more. And my lips, they don’t kiss, they don’t kiss the way they used to, and my eyes don’t recognize you no more.

For reasons unknown, for reasons unknown.

terça-feira, outubro 10, 2006

Actualização

Gostava de avisar que não vou estar presente no aniversário do Lux e que apesar do baixo ritmo de actualização do blogue ainda não estou perto de ser uma pessoa plenamente feliz e equilibrada e que a minha mente efervesce com ideias infelizes e desiquilibradas para futuros posts (que envolvem Photoshop, mas não Jack Johnson) e que o declínio nas audiências do Achtung Baby é uma realidade que será reforçada através de futuras medidas deflacionárias.

Em relação a informação que vos é de todo desnecessário saber: vim de Paris com bolhas nos dedos dos pés, um fenómeno que me era estranho, e com uma excelente impressão da Vénus de Milo e da Vitória de Samotrácia (embora tenha saído do Louvre com uma enorme dor de cabeça). Já outras impressões que me interessam desenvolver num futuro alternativo incluem concertos nocturnos em Notre Dame, retardados que tiram fotografias a quadros em museus, o conceito de conhecer pessoas desconhecidas e Leviatãs de esferovite dentro de Panteões.

E assim se escreve um post em quinze minutos, e assim se mantém a ilusão de que se actualiza um blogue.

quarta-feira, outubro 04, 2006

À bientôt

terça-feira, outubro 03, 2006

Post Idiota

Fascinam-me os vocábulos pejorativos. As nuances dos insultos são das mais belas zonas cinzentas que a natureza alguma vez conseguirá produzir. Não é muito díficil distinguir um estúpido de um parvo, mas é complicado explicar por exactas palavras o que quer dizer cada um deles. São casos em que é o sujeito que faz o adjectivo.

Depois de uma breve infatuação com a imbecilidade, aqui há uns tempos andei deslumbrado pela cretinice. Não existem assim tantos cretinos como pode parecer há primeira vista, portanto sempre que encontrava algum tornava-se imperativo apreciar a sua cretinice, como se de um privilégio raro e reservado se tratasse. Um bom cretino, um cretino refinado, era de um prazer imenso. Exclusivo, até, porque nem todos apreciam um bom cretino.

No entanto, ao longo destes últimos meses, tenho percebido que não há nada como o idiota. Nunca liguei muito aos idiotas, sempre me pareceram uma praga altamente disseminada mas pouco interessante. Estão por todo o lado, em várias texturas, formatos, géneros e penteados. O que os torna especiais é a sua incontornabilidade diária.

Os idiotas podem ser banais, é verdade, mas também podem atingir picos de idiotice que os elevam ao topo do panteão. Se os cretinos são como o espumante, os idiotas são como o vinho tinto: podem ir do intragável ao extraordinário. E é notório que o caminho de qualquer pessoa de bem depende da constatação e verificação da idiotice dos demais, sendo que este não é um raciocínio ao alcance de um idiota qualquer.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Hey Ho, Let's Go

Fizeram-me saber que as t-shirts dos Ramones já chegaram à Pull & Bear e estão agora ao alcance das mãos sapudas de qualquer adolescente imberbe.

Isso faz de mim um visionário (juntamente com o meu amigo R., numa coincidência de extremo bom gosto) e justifica esta homenagem:

Chegou a ser opener de conversa num set de cinco bailarinas inglesas do Casino Estoril.
Valeu dois nºs de telemóvel e quatro dates.

Paz à sua alma.

domingo, outubro 01, 2006

Truth Hits Everybody

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